Artes.
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Artes.
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Poseidon- Admin
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Data de inscrição : 28/09/2011
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Re: Artes.
Ainda não conhecia aquela sala, mas ficara curiosa quanto ao que poderia fazer ali. Era uma sala desorganizada, com vários cavaletes cobertos, esculturas pela metade, materiais em um armario bagunçados. Mas tudo era alegre. Irradiava alegria e animação, e era exatamente disso que precisava. Não que achasse que tinha algum talento para as artes, mas estava na hora de testar minha paciência e minha força de vontade. Não diziam que qualquer pessoa, com dedicação, tempo e paciência podia se tornar uma artista? Eu estava prestes a testar essa hipótese. Me sentei em uma cadeira, tentando decidir o que fazer. Poderia tentar fazer algum animal, talvez um cavalo ou uma onda. Isso se fosse uma escultura... E se fizesse um desenho do mar? O dia de ontem estava realmente lindo, e o por-do-sol fora muito... inspirador. Com um sorriso animado, que fingia que iria durar muito, me levantei e abri o primeiro armário que vi, encontrando craions, lápis, canetas, tintas de todos os tipos, nanquin e qualquer outra coisa que minha mente pudesse imaginar.
Sentada de frente para uma janela, olhava para fora, vendo a paisagem. Árvores sendo movidas pelo vento, o mar a distância, a grama verde, meio-sangues treinando... Tudo parecia chamar minha atenção, mas não sabia por onde começar. Talvez devesse tentar desenhar algo parado para começar, mas tudo se movia. Fossem as árvores, fossem as pessoas, até mesmo a grama parecia irrequieta. Bufando, me virei, encarando a sala a minha frente. Não havia o que fazer. Tudo estava tão diferente do que me acostumara que não poderia começar por algum lugar. Era algo muito irritante aquilo. Oras, se queria desenhar, seria capaz de desenhar com toda a certeza. Trincando os dentes decidida, olhei para mim mesma, procurando por alguma idéia milagrosa e salvadora. Não que fosse uma boa idéia, mas era algo melhor que nada. Uma foto estava em minha carteira, era de mim, ainda criança, nos braços de minha mãe. Não que fosse algo de surpreendente, mas era algo com o qual podia lidar. Respirei fundo, colocando a imagem a minha frente, apoiada em um suporte que vira por ali enquanto pegava um lápis simples. Aquilo não seria nada fácil...
Enquanto fazia o primeiro traço, via como ele saia torto, sem ter certeza se era o rosto ou o braço de minha mãe. Bufando, apaguei aquilo, respirado fundo e tentando me concentrar, mas vendo meus esforços virarem fumaça enquanto uma mosca passava ao meu lado, tirando completamente minha concentração. Jogando as coisas na cadeira ao lado, de qualquer jeito, espantei a mosca, voltando a me sentar e observando novamente a foto. Desenhar tudo aquilo seria completamente impossível. Decidida a fazer algo que pudesse ser considerado, ao menos, tentativa de arte, guardei a foto, pegando uma flor em um vaso e colocando a minha frente.
Poderia tê-la desenhado, se fosse uma tulipa ou uma margarida, mas era um linda rosa aberta, com um botão brilhante do lado. Tentei com afinco fazer um traço firme, mas não forte, apenas o bastante para saber o que estava desenhando. Mesmo com ele torto, tentei novamente. Não poderia me dar por vencida tão facilmente. Continuei tentando, com determinação, desenhar a rosa, mas o resultado era cada vez mais patético. Quanto mais tentava concertar, pior ficava. Aquilo poderia se passar como os traços de um pássaro, mas nunca como a rosa a minha frente. Suspirando, com os olhos ardendo de tanto esforçar a vista para conseguir ver cada detalhe e tentar copiá-lo, coloquei em cima da mesa novamente o desenho, devolvendo a flor e seu vaso ao local de origem, uma janela a meia-luz. A reguei, usando-me de uma jarra com água ao lado. A flor resplandecia, mas eu não conseguia prestar atenção nela. Apenas via minha patética tentativa de ser artista.
Amassando a folha com a ponta dos dedos e com todo o cuidado para torná-la impossivel de se dessamassar sem rasgar, a joguei em um cesto que vi perto da porta, observando por mais alguns segundos a sala, e me decidindo: aquele definitivamente não era o melhor lugar para uma filha de Poseidon. Eu apenas estava tentando ser como minha mãe. Perfeita em tudo, mas a verdade era simples e cruel: eu jamais seria como ela, jamais seria uma boa artista ou uma boa mãe. Ela era perfeita para tudo, e eu era apenas como uma criança tentando imitar um adulto. Seria engraçado, mas nada além disso. Eu era um completa piada.
Sentada de frente para uma janela, olhava para fora, vendo a paisagem. Árvores sendo movidas pelo vento, o mar a distância, a grama verde, meio-sangues treinando... Tudo parecia chamar minha atenção, mas não sabia por onde começar. Talvez devesse tentar desenhar algo parado para começar, mas tudo se movia. Fossem as árvores, fossem as pessoas, até mesmo a grama parecia irrequieta. Bufando, me virei, encarando a sala a minha frente. Não havia o que fazer. Tudo estava tão diferente do que me acostumara que não poderia começar por algum lugar. Era algo muito irritante aquilo. Oras, se queria desenhar, seria capaz de desenhar com toda a certeza. Trincando os dentes decidida, olhei para mim mesma, procurando por alguma idéia milagrosa e salvadora. Não que fosse uma boa idéia, mas era algo melhor que nada. Uma foto estava em minha carteira, era de mim, ainda criança, nos braços de minha mãe. Não que fosse algo de surpreendente, mas era algo com o qual podia lidar. Respirei fundo, colocando a imagem a minha frente, apoiada em um suporte que vira por ali enquanto pegava um lápis simples. Aquilo não seria nada fácil...
Enquanto fazia o primeiro traço, via como ele saia torto, sem ter certeza se era o rosto ou o braço de minha mãe. Bufando, apaguei aquilo, respirado fundo e tentando me concentrar, mas vendo meus esforços virarem fumaça enquanto uma mosca passava ao meu lado, tirando completamente minha concentração. Jogando as coisas na cadeira ao lado, de qualquer jeito, espantei a mosca, voltando a me sentar e observando novamente a foto. Desenhar tudo aquilo seria completamente impossível. Decidida a fazer algo que pudesse ser considerado, ao menos, tentativa de arte, guardei a foto, pegando uma flor em um vaso e colocando a minha frente.
Poderia tê-la desenhado, se fosse uma tulipa ou uma margarida, mas era um linda rosa aberta, com um botão brilhante do lado. Tentei com afinco fazer um traço firme, mas não forte, apenas o bastante para saber o que estava desenhando. Mesmo com ele torto, tentei novamente. Não poderia me dar por vencida tão facilmente. Continuei tentando, com determinação, desenhar a rosa, mas o resultado era cada vez mais patético. Quanto mais tentava concertar, pior ficava. Aquilo poderia se passar como os traços de um pássaro, mas nunca como a rosa a minha frente. Suspirando, com os olhos ardendo de tanto esforçar a vista para conseguir ver cada detalhe e tentar copiá-lo, coloquei em cima da mesa novamente o desenho, devolvendo a flor e seu vaso ao local de origem, uma janela a meia-luz. A reguei, usando-me de uma jarra com água ao lado. A flor resplandecia, mas eu não conseguia prestar atenção nela. Apenas via minha patética tentativa de ser artista.
Amassando a folha com a ponta dos dedos e com todo o cuidado para torná-la impossivel de se dessamassar sem rasgar, a joguei em um cesto que vi perto da porta, observando por mais alguns segundos a sala, e me decidindo: aquele definitivamente não era o melhor lugar para uma filha de Poseidon. Eu apenas estava tentando ser como minha mãe. Perfeita em tudo, mas a verdade era simples e cruel: eu jamais seria como ela, jamais seria uma boa artista ou uma boa mãe. Ela era perfeita para tudo, e eu era apenas como uma criança tentando imitar um adulto. Seria engraçado, mas nada além disso. Eu era um completa piada.
Raven Marie Ludivic- Mensagens : 14
Data de inscrição : 17/10/2011
Idade : 28
Localização : Se te interessasse, você já saberia
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